Os verdadeiros motivos da saída de Gareca do Palmeiras - Demitido hoje pela diretoria, Ricardo Gareca não é mais técnico do Palmeiras. A explicação do dublê de piloto de rali e (por enquanto) presidente do Palmeiras são as mesmas dadas quando da demissão do Gilson Kleina.



Vou tentar expor, de maneira bem simples, os verdadeiros motivos que levaram à demissão de El Flaco, o Gareca.

Empolgado por poder exercer sua profissão em um clube de massas aqui do Brasil e, além disso, convencido pela diretoria do Palmeiras que teria em mãos pelo menos alguns reforços de qualidade (Pratto e um meia), Gareca aceitou a difícil tarefa de treinar um time reconhecidamente carente de bons jogadores e, mais que isso, com autoestima lá embaixo.

Apesar de seu modo heterodoxo de montar seus times, ora com determinados jogadores, ora com outros, que nunca fizeram nem coletivos com os demais, Gareca apostava num time para frente, ousado e, com isso, tentando surpreendender seus adversários.

Tiro no pé: Não vieram os melhores jogadores solicitados por Gareca e, assim, começou o campeonato com o mesmíssimo elenco (obra de Nobre) que servira apenas para subir à série A. Os jogadores de segunda chamada foram chegando mais recentemente, como o Mouche, o Allione e, há duas semanas o Cristaldo. Esses foram os grandes reforços com que a diretoria premiou o novo treinador.

Houve erro na manutenção do goleiro Fábio? Talvez, para quem não se lembra temos o Deola na suplência  (aquele mesmo que foi substituído por Bruno, o mão de alface). Portanto, talvez um cone seria menos prejudicial ao time. Sendo assim, colocar um time com apenas um volante é realmente assustador. O placar de 1 x 0 para o Inter, embora justo, foi construído muito mais pela ineficiência do ataque do Internacional do que da eficácia da defesa alviverde.

Trocas constantes de jogadores que pareciam estar se firmando, também soaram mal, principalmente para um "plantel" tão limitado tecnicamente. Se houveram erros de montagem de time, esses foram os piores. De resto, nem o Padim Padre Cícero dava jeito.

Enquanto isso, por trás dos bastidores, aquela velharia reacionária (atrasada e burra) de conselheiros vitalícios, que sempre foram o tumor malígno do Palmeiras,  já tramava a derrubada do argentino, muito antes dos últimos acontecimentos. E quando eu falo de velharia, não estou me referindo à idade física de cada um deles, mesmo porque têm até neto do filho do primeiro conselheiro, que ainda está lá, mas de uma mentalidade antiquada e nociva a qualquer novo projeto entenda-se democrático.

Bastou que o Gareca, em sua última entrevista após o jogo contra o Inter-RS, onde afirmou que jogaria sempre para a frente, porque achava que o Palmeiras era um time grande e deveria agir como tal, para que o câncer se disseminasse, qual metástase, e contaminasse o presidente e sua diretoria. Assim, não haveria jeito de limpar sua barra, sem achar um Judas para malhar, no caso o Gareca era a bola da vez.

O discurso do presidente, oferecendo as explicações é completamente vazio, como os do horário político, enquanto nós, torcedores, ficaremos mais uma vez com um técnico interino, o mesmo, até que eles encontrem algum técnico corajoso para encarar essa parada. Evidentemente, pela sinalização que o Nobre deu em sua entrevista, deu a entender que seria alguém com ligação ao Palmeiras, talvez o Dorival Júnior, sim... aquele que afundou com o Vasco, que hoje disputa a série B. Veja que belíssima campanha dele: No retrospecto no Brasileiro, foram 25 jogos, seis vitórias, oito empates e 11 derrotas.

É preciso muito mais que ser apenas torcedor, é preciso se fazer ouvir: pela dignidade e grandeza do Palmeiras, chega de aventureiros no comando, assim como da turma do contra (sempre), para que, quem sabe, possamos almejar voltar aos dias de glória da Sociedade Esportiva Palmeiras e pelo satisfação, hoje tão distante, de ver um time jogando para vencer, sem corpo mole ou desculpas esfarrapadas. Êta saudades de uma vitória sem sustos.

Oxalá haja tempo!

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