Com uma área de 1.290.692,46 km², cerca de 15% do território brasileiro, a Mata Atlântica hoje está reduzida a apenas 95.000 km², 7,3% da área original. Ouve-se muito o tema preservação, mas é preciso correr contra o tempo, pois brevemente não haverá mais possibilidades de reversão desse triste quadro de devastação que aflige esse poderoso bioma. É tempo de políticas públicas que dêem um basta ao desmatamento e à ocupação desordenada das populações migrantes. Vamos conhecer um pouco da história da imponente Mata Atlântica, depois tire sua conclusão!

A Mata Atlântica é uma formação vegetal brasileira. As florestas atlânticas apresentam árvores com folhas largas perenes. Há grande diversidade de epífitas, como bromélias e orquídeas. Não deve ser confundida com a floresta Amazônica, ou selva Amazônica, em especial no Brasil.

Foi a segunda maior floresta tropical em ocorrência e importância na América do Sul, em especial no Brasil. Acompanhava toda a linha do litoral brasileiro do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (regiões meridionais e nordeste). Nas regiões Sul e Sudeste chegava até Argentina e Paraguai. Cobria importantes trechos de serras e escarpas do Planalto Brasileiro, e era contínua com a Floresta Amazônica. Em função do desmatamento, principalmente a partir do século XX, encontra-se hoje extremamente reduzida, sendo uma das florestas tropicais mais ameaçadas do globo. Apesar de reduzida a poucos fragmentos, na sua maioria descontínuos, a biodiversidade de seu ecossistema é uma dos maiores do planeta.

Água

As regiões da Mata Atlãntica têm alto índice pluviométrico devido às chuvas de encosta causadas pelas montanhas que barram a passagem das nuvens.
É comum pensarmos na complexidade de um bioma por aspectos de sua fauna e flora, mas um elemento fundamental para a existência da biodiversidade é a água. E se a água é essencial para dar vida a um bioma como a Mata Atlântica, suas florestas têm um papel vital para a manutenção dos processos hidrológicos que garantem a qualidade e volume dos cursos d'água. Além disso, as atividades humanas desenvolvidas dentro do bioma também dependem da água para a manutenção da agricultura, da pesca, da indústria, do comércio, do turismo, da geração de energia, das atividades recreativas e de saneamento.

Vida na Mata Atlântica

454 espécies de árvores por hectare – no Sul da Bahia.
Animais: aproximadamente 1.600.000 espécies, incluindo insetos
Mamíferos, aves, répteis e anfíbios: 1361 espécies, 567 endêmicas
2 % de todas as espécies do planeta somente para estes grupos de vertebrados
3% felinos

Como está hoje

Atualmente existem menos de 10% da mata nativa. Existem diversos projetos de recuperação da Mata Atlântica, que esbarram sempre na urbanização e o não planejamento do espaço, principalmente na região Sudeste. Existem algumas áreas de preservação em alguns trechos em cidades como São Sebastião (litoral norte de São Paulo).

No Paraná, graças à reação cultural da população, à criação de APAs (Áreas de Preservação Ambiental), apoiadas por uma legislação rígida e fiscalização intensiva dos cidadãos, aparentemente a derrubada da floresta foi freada e o pequeno remanescente dessa vegetação preserva um alto nível de biodiversidade, das quais estão o mico-leão-dourado, as orquídeas e as bromélias.

Um trabalho coordenado por pesquisadores do Instituto Florestal de São Paulo mostrou que, neste início de século, a área com vegetação natural em São Paulo aumentou 3,8% (1,2 quilômetro quadrado) em relação à existente há dez anos. O crescimento, ainda tímido, concentrou-se na faixa de Mata Atlântica, o ecossistema mais extenso do estado.
A Constituição Federal de 1988 coloca a Mata Atlântica como patrimônio nacional, junto com a Floresta Amazônica brasileira, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. A derrubada da mata secundária é regulamentada por leis posteriores, já a derrubada da mata primária é proibida.
A Política da Mata Atlântica (Diretrizes para a política de conservação e desenvolvimento sustentável da Mata Atlântica), de 1998, contempla a preservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais e a recuperação das áreas degradadas.

Há milhares de ONGs, órgãos governamentais e grupos de cidadãos espalhados pelo país que se empenham na preservação e revegetação da Mata Atlântica. A Rede de ONGs Mata Atlântica tem um projeto de monitoramento participativo, e desenvolveu com o Instituto Socio-Ambiental um dossiê da Mata, por municípios do domínio original.

Mais informações: www.sosmatatlantica.org.br/

Manifestos e Associações de Defesa da Mata Atlântica e afins:
http://www.mail-archive.com/bio-l@yahoogrupos.com.br/msg00046.html

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atlântica

8 comentários:

  1. Fala Surfista, um forte abraço pra você também, obrigado pela visita.Aqui em Campos(RJ) tem quase 40% da mata atlântica do estado do Rio, ou seja , do ainda resta.Uma pena!

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  2. Não estou vindo aqui só pelo seu comentário, mas por que muita coisa tenhop feito e não dá tempo de visitar todos. Fiquei realmente emocionado com suas palavras, que até as lágrimas verteram. Você de todos que comentaram até agora, foi o que tocou num ponto que me diz muito. Sinto não poder ter dado continuidade aquele trabalho e sinto saudades daqueles jovens que hoje já são homens e mulheres de bem. Sinto também por algumas pessoas que perdi contato e não consegui ainda resolver velhos problemas que ficaram no ar. E elas se lerem o que escrevo agora sabem do que estou falando. Tem uma frase do filme Cruzada que diz o seguinte: "Que homem é um homem que não faz um mundo melhor". Um grande abraço amigo

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  3. Olha a Mata Atlântica ultimamente tem sido varrida do mapa devido construções irregulares de morros e mais morros e favelas. Mas como todo mundo é safado ninguém barra essas construções por medo do politicamente correto.

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  4. Olá amigos!
    Obrigado pela visita e pelos comentários, são esses que nos motivam à continuidade e à procura de uma produção e divulgação de textos de interesse social, educativo e humano.

    Ao Herval! Obrigado pelo apoio do seu voto, é muito legal vir espontâneamente, e pensar que só restam menos de 7% de toda essa vegetação e espécimes exuberantes?! Somente com uma educação mais digna e eficiente a nossas crianças, os novos filhos da Terra , desde a tenra idade,e punição exemplar daqueles que desmatam pelo vil metal, por ganância e, ainda, a elaboração de políticas públicas que visem o assentamento das famílias em locais onde possam viver com dignidade, sem ficarem expostas à deslizamentos e soterramentos, e cada um fazendo seu papel de cidadão consciente, penso que há uma chance real de mudarmos o destino da Mata Atlântica e seus moradores nativos.

    Amigo Victor, quando vi aquele vídeo, algo me tocou profundamente e, meio que tomado pela emoção escrevi aquele comentário, talvez motivado pelos mesmos anseios e frustrações naturais de quem se coloca na linha de frente!
    É bom saber que temos amigos assim!

    Amigo Silvio! As pessoas não moram em morros porque gostam, ou porque é cômodo e muito saudável viver-se lá, na verdade elas são banidas dos locais onde tinham raízes, seja pela mão pesada de latifundiários e/ou empresários inescrupulosos. Ninguém, eu disse, ninguém merece sobreviver em choupanas, sem água potável, sem esgoto e saneamento básico, sem escola para suas crianças, sem um posto médico por perto, etc. Se, muitos pensam que fazem isso porque gostam, ou porque é mais fácil, e que na verdade são uma cambada de vagabundos, é culpa de várias gerações que tiveram o poder nas mãos,e por tê-lo, usaram-no para explorar os antepassados dessas primeiras.

    Forte abraço a todos

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  5. Ah! amigo Victor, tinha me esquecido:

    Guerreiros também choram...

    lembra?

    :)

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  6. Ola amigo
    Tem algo para você em:
    http://achadosdevalor.blogspot.com
    Abração e um belo feriadão.

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