
Apesar do homem apenas engatinhar no geneticismo, pode-se notar que algumas teses, pelas quais fêmeas poderiam-se escolher parceiros sexuais pela sua qualidade genética superior, novas informações dão-nos conta do contrário: os menos favorecidos geneticamente são os que têm maior capacidade de reprodução. Abaixo a notícia!
Machos com maior qualidade genética não se dão tão bem na hora de ter filhos. Diferentemente do que se imaginava, são aqueles geneticamente menos favorecidos que acabam vencendo a corrida pela fecundação.
A conclusão está em um estudo publicado na edição desta sexta-feira (26/6) da revista Science, feito por cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, e da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.
Na maioria dos animais, as fêmeas procuram cruzar com vários machos em um mesmo período, ainda que uma simples relação possa ser suficiente para fertilizar seus ovos. As fêmeas fazem isso apesar de a poliandria implicar um custo maior, como o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis.
Estimava-se que esse comportamento se daria porque, dessa forma, as fêmeas poderiam escolher entre vários parceiros aquele que tivesse os espermatozóides com melhor qualidade genética.
No novo estudo, o sueco Göran Arnqvist e colegas testaram essa teoria com besouros minúsculos da espécie Callosobruchus maculatus (o popular caruncho-do-feijão) e verificaram que ela não se confirmou. As crias tinham também menor qualidade genética.
Os cientistas observaram que os machos com maior taxa de paternidade eram justamente aqueles geneticamente mais desfavorecidos. “Os resultados apontam que os genes que são bons para os machos podem frequentemente ser ruins para suas parceiras. Em besouros, pelo menos, a poliandria não recompensa as fêmeas com benefícios genéticos”, disse Arnqvist.
Segundo o estudo, a explicação para a escolha por parte das fêmeas pode ser por conta de um conflito entre alelos “sexualmente antagônicos”, que são benéficos para um sexo mas maléficos para o outro.
fonte: Agência FAPESP
O artigo Postmating sexual selection favors males that sire offspring with low fitness, de Göran Arnqvist e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Abraços e bom final de semana.
ResponderExcluirEngraçado que o que sempre mostraram era a soberania dos "líderes" machos na disputa e quase certeza de continuar sua linhagem. Este estudo aqui apresentando fala justamente do sucesso contrário na hora do acasalamento.
ResponderExcluirBjs
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