Lei seca já muda comportamentos

Fabio Gallacci

Multas pesadas, retenção da carteira de motorista e até mesmo a detenção em casos mais graves. A rigidez das novas regras da lei seca tenta conter os sempre perigosos abusos na mistura entre bebidas alcoólicas e a direção de um veículo.

As punições severas e os valores amargos têm assustado muita gente. Mas algumas pessoas já encontraram formas de continuar curtindo os seus momentos de lazer sem necessariamente infringir a legislação ou colocar a sua vida, e a de outros, em risco. Organizar vaquinhas para fretar vans com os amigos, dividir a conta do táxi na volta da balada ou até mesmo esperar um ônibus são as alternativas encontradas por muitos que souberam aliar diversão e consciência.

O universitário Holt Lucon Neto, de 20 anos, por exemplo, mora em Santo Antonio de Posse, mas sempre vem curtir as noites de sábado em Campinas. Com uma turma de amigos, ele sai, aproveita, e, na hora de ir embora, segue para um ponto de ônibus, onde espera pacientemente.

A garantia de estar inteiro para o próximo final de semana vale mais do que uma volta acelerada pela estrada em um carro ou sobre uma moto, que ele deixa na garagem.

A turma, parceira fiel, espera ao seu lado até o momento do embarque. “A gente vê tantos acidentes com pessoas que estão alcoolizadas. Tem gente que está trincada de bebida e ainda fala que está bem. Sou a favor da lei seca. Não pegando um carro depois de beber, considero que estou fazendo a minha parte”, afirma o rapaz, que algumas vezes chega a dormir em hotéis próximos da antiga rodoviária só para se recuperar bem antes da volta para casa.

O estudante João Paulo Roberto Nascimento, de 20 anos, só sai de casa de táxi. Em função do rigor da nova legislação contra os motoristas alcoolizados, aquelas cervejas aliadas ao volante acabaram.

“Desde que saiu essa lei, eu e meus amigos só vamos e voltamos das baladas de táxi. Você liga e marca um horário para ele te pegar; depois, avisa que está indo embora e ele já está lá na porta do lugar te esperando. Podemos tomar a nossa cerveja na boa e voltar com segurança”, aponta, lembrando que a idéia fez com que outros amigos fizessem o mesmo.

“Sou contra essa lei, já que nem todo mundo que bebe faz besteira por aí, mas é uma questão de ter mais tranqüilidade na hora de voltar”, diz o estudante.

O amigo Anderson Machado, técnico em manutenção, de 25 anos, já se envolveu em um grave acidente, há dois anos, ficando um mês internado com fraturas em várias partes do corpo.

Ele mesmo admite que estava bêbado ao volante na ocasião e que nunca mais quer repetir o erro. “Percebi que tinha que tomar cuidado e, agora, com essa lei, começamos a sair só de táxi. Vale a pena porque você pode dividir a corrida e não fica tão pesado. Se sair com o carro, você paga pelo estacionamento, pela gasolina e, muitas vezes, fica até mais caro do que uma conta dividida”, compara Machado.

“Sem contar que, tendo quem nos leve de volta, a gente fica mais despreocupado na balada. Até nossos pais ficam mais sossegados sabendo que alguém conhecido e profissional vai nos pegar”, diz.

Tanto Nascimento quanto Machado são clientes de Joel Alves Pereira, taxista há cinco anos. Atualmente, ele conta com pelo menos dez clientes que leva às festas e depois traz de volta para casa todo o final de semana. Seu celular fica ligado nas 24 horas do dia, pronto para um chamado de qualquer ponto da cidade.

“Acaba sendo bom para todo mundo, já que os passageiros circulam com segurança e nós conquistamos novos clientes. É um novo mercado”, afirma Pereira, informando que os clientes mais fiéis ganham descontos que podem chegar a até 10% na corrida.

“A maioria das pessoas que eu levo para casa bebeu durante a balada. No carro, elas vão tranqüilas”, reforça o taxista, que chega a fazer até dez corridas com esses passageiros cativos às quartas, sextas e sábados. Um número que tem tudo para aumentar a partir de agora.

Vans

A universitária Gabriela Silveira, de 18 anos, e seu grupo de amigos já se habituaram a contratar uma van para levá-los à balada, até mesmo fora da cidade, em boates descoladas da região. O grupo tem uma lista preparada com os nomes de todos os motoristas conhecidos, que são acionados nos finais de semana. Quem estiver livre para levar a turma, e depois buscar, é chamado. Uma viagem pode custar até R$ 20,00 por pessoa. Quando o local é mais perto, o preço também cai.

Um lugar em comum é marcado para o embarque e a festa começa ali mesmo, sem estresse ou medo de que algum problema possa acontecer na estrada ou nas ruas, já que a bebida está presente na diversão da maioria dos jovens.

“A única coisa é que, quando a van é muito feia ou tem aquele Escolar escrito do lado, nós pedimos para parar um pouco mais longe do local onde vamos”, diverte-se Gabriela, consciente de que pode curtir a vida de uma forma inteligente e segura. Um brinde à criatividade.

Campinas tem só 1 bafômetro na estrada

Na semana passada, a reportagem do Agência Anhangüera de Notícias (AAN) apurou que apenas um dos dois bafômetros — equipamento capaz de apontar a quantidade de álcool no sangue dos motoristas — que a Polícia Rodoviária de Campinas possui está funcionando para garantir a aplicação da lei seca.

O aparelho que estava na base da polícia localizada no Km 120 da Rodovia Governador Adhemar Pereira de Barros (SP-340) parou de funcionar. O outro bafômetro está na base da polícia localizada no Km 85 da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348).

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que, ao todo, existem 17 bafômetros em operação com a Polícia Rodoviária em todo o Estado e que 62 novos aparelhos foram comprados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Na área urbana de Campinas, não há equipamentos.

fonte: http://www.cosmo.com.br/cidades/campinas/integra.asp?id=229775

Então, amigos, nunca, em hipótese alguma ingira bebidas alcoólicas se for dirigir! Vá sem seu carro, ou vá de carona com uma pessoa que sabidamente não consome bebidas com teor alcoólico.

Abraços
Cuidem-se bem!

1 comentários:

  1. Prezados Amigos,



    Como algumas pessoas, empresas, organizações e associações de todo o Brasil, também estamos engajados na luta contra o “Crack”, “Bebida e direção” e “Preconceito”. Acreditamos fielmente, que esta é a forma de acabar com as mortes e com as perdas irreparáveis que estão acontecendo sem limites, todos os dias.



    Da mesma forma que, fazemos a divulgação de vários materiais, de qualidade e que realmente possam influenciar as pessoas a não optarem por essas drogas e comportamentos, esperamos que vocês possam divulgar e vincular nosso material, proporcionando esperança e cidadania as pessoas que passam por isso e as famílias que são destruídas, esmagadas e arruinadas por tudo isso.



    Estes, abaixo, são os links do youtube, para que os vídeos possam ser acessados, e também divulgados por vocês. Contamos com o vosso interesse.



    http://www.youtube.com/watch?v=r6a7UvTBXy8

    http://www.youtube.com/watch?v=Mf-P6BBszzM

    http://www.youtube.com/watch?v=NF5ZjX9Eln0



    Contamos com vocês.



    Sucesso e Sabedoria.



    At,

    Mr. Mind

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