As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são um grupo de doenças endêmicas de múltiplas causas que incluem as doenças venéreas clássicas e um número crescente de entidades clínicas e síndromes que têm como traço comum à transmissão durante a atividade sexual. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (DST) são algumas das principais causas de doenças agudas e crônicas, infertilidade e morte, com graves conseqüências clínicas e psicológicas para milhões de homens, mulheres e crianças.

DST: UM GRAVE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA.

A importância destas doenças está no fato de, além do alto risco de disseminação, poderem ocasionar graves danos à saúde do indivíduo acometido. As conseqüências podem ser desde distúrbios emocionais, doença inflamatória pélvica (DIP) infertilidade, lesões fetais, até câncer, além de facilitar a transmissão do vírus da AIDS (HIV).

HEPATITE

É uma doença que age silenciosamente e pode danificar o seu fígado. Em casos leves ela desaparece em seis meses, sem deixar seqüelas (você pode até nunca saber que teve tal doença). Em outros casos, você pode tornar-se portador da doença para o resto da vida, infectando outras pessoas, podendo desenvolver cirrose (doença que acomete o fígado), ou câncer de fígado. Há vários tipos de hepatite, sendo os mais conhecidos os tipos A e B.
Como se adquire hepatite B?

Como a AIDS, através do contato sexual do contato com sangue, sêmen, secreções vaginais e saliva de uma pessoa infectada. Se seu parceiro estiver infectado, você pode adquirir hepatite B a partir de qualquer ato sexual (vaginal, oral ou anal). Você aumenta o risco de adquirir a doença se deixar de utilizar preservativo, se fizer uso incorreto do mesmo, e a cada novo parceiro sexual.
Também se adquire hepatite B pela exposição ao sangue de uma pessoa infectada por meio de cortes, feridas abertas ou membranas mucosas (boca ou vagina), ou por receber sangue infectado.

Eu posso adquirir hepatite B?
Sim. Qualquer pessoa pode adquirir hepatite B. Se você for um adolescente ou estiver na faixa dos vinte anos, você está no grupo de risco maior. Principalmente se:

For sexualmente ativo.

Tiver mais que um parceiro sexual.

Fizer sexo sem uso do preservativo.

Tiver outra doença sexualmente transmissível

Compartilhar agulha para injeção de drogas.


Sintoma da doença


Muitas pessoas com hepatite B não apresentam sintomas e mesmo assim podem ser portadoras da doença. Outras podem apresentar náuseas, cansaço, urina escura, icterícia, um amarelamento da pele e dos olhos. Algumas tornam-se muitos doentes, o que as impossibilita de trabalhar durante semanas ou meses.
Na presença de algum dos sintomas, procure imediatamente seu médico.

Diagnóstico

Através de um exame de sangue, realizado em laboratório, que vai confimar se você está realmente infectado.
Se o teste constatar que tenho hepatite B como posso curar-me?
O único tratamento é o repouso, combinado com uma dieta rica em proteínas, para reparar as células danificadas, e em carboidratos para proteger o fígado. A cura vem com a produção de anticorpos pelo paciente.

Hepatite A
Este tipo é transmitido através da via oral e fecal, geralmente por alimentos e água contaminados por fezes. Este vírus é mais comum do que se imagina e cerca de 50% da população pode se infectar na idade adulta, a maioria sem apresentar sintomas.

Recomendações:

Alimentação saudável.

Beber somente água potável.

Lavar bem frutas e verduras.

Lavar bem as mãos antes de tocar nos alimentos.

Hábitos de higiene.

Usar preservativos na relação sexual.

Usar apenas agulhas descartáveis.

Só um exame de sangue poderá confirmar se você está infectado!

Previna-se!
Se você não estiver infectado, vacine-se. A vacina da hepatite B fornece proteção duradoura, é segura e eficaz.
Mulheres que pretendem engravidar e que não estejam infectadas pela hepatite B, também devem vacinar-se para se protegerem e a seus futuros filhos.
Se você for sexualmente ativo, reduza o risco de adquirir essa doença usando sempre preservativos corretamente.

Hepatite C

A Hepatite C é, hoje, o maior problema de saúde pública no mundo e,conseqüentemente, no Brasil . Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 3% da população mundial, cerca de 200 milhões de pessoas, se encontram infectadas. No Brasil, a estimativa aceita pelo Ministério da Saúde é de 2,6%, que representa 4,5 milhões de brasileiros infectados, dos quais 95% ainda não foram sequer detectados e desconhecem sua condição de portadores de Hepatite C, ou seja, para cada portador conhecido existem de 10 a 20 portadores que desconhecem sua doença.Estamos frente a um universo de contaminados entre cinco a sete vezes superior aos infectados pelo HIV/AIDS.

A Hepatite C é um vírus que ataca o fígado de forma silenciosa, sem apresentar qualquer sintoma. Se não detectada precocemente e sem uma assistência médica adequada, pode evoluir para formas crônicas podendo causar sérios danos hepáticos, entre eles a cirrose e câncer hepático que podem levar o portador à morte, sendo estas complicações responsáveis por 70% das indicações de transplante de fígado.
O tratamento destas complicações possuem um custo muito superior ao próprio tratamento, sem considerar ainda os custos com a perda da capacidade produtiva do indivíduo e gastos com aposentadoria.

Em vista disso, programas eficazes e contínuos de detecção precoce precisam ser implantados com urgência, e os casos diagnosticados, devem ser cadastrados e encaminhados para tratamento e controle adequados.
O vírus se transmite exclusivamente pelo sangue. Não há comprovação de contaminação por fluidos corporais, como saliva, suor, lágrimas, sêmen ou leite materno (a mãe contaminada pode amamentar). Abraços, beijos, compartilhar pratos, copos, talheres, sabonetes ou roupas não contaminam. A contaminação sexual é possível, porém muito rara, geralmente associada à presença de feridas causadas, sobretudo, por doenças sexualmente transmissíveis (DST).

O vírus foi descoberto em 1989, portanto, 10 anos após a descoberta do HIV que causa a AIDS. Somente após 1992 foram desenvolvidos testes de detecção, sendo que até então a maior fonte de contaminação eram as transfusões de sangue e hemoderivados, seguida pela utilização de seringas e agulhas não descartáveis, que eram fervidas, o que não é suficiente para eliminar o vírus, as pistolas de vacinação que passavam de braço em braço, pelos transplantes de órgãos, córneas e tecidos e pelas tatuagens (agulhas não descartáveis e pela própria tinta quando reutilizada). Portanto qualquer pessoa que fez uso destes fatores antes de 1992 pode estar contaminada e deve fazer o teste.

Atualmente, os fatores de risco de contaminação são o uso de drogas injetáveis ou aspiradas ( o canudo usado para aspirar a droga transmite o vírus quando compartilhado ), que representam 2/3 das novas infecções e acidentes com instrumentos perfuro-cortantes como agulhas, tesouras, bisturis, lâminas e alicates de unha, usados por barbeiros, manicures e pedicuros, quando não esterilizados corretamente, pois o vírus é resistente e pode sobreviver fora do organismo por até 72 horas.

O desconhecimento por parte da sociedade é geral, sendo confundida sempre com a Hepatite A que é benigna e cura-se, quase sempre, espontaneamente. A desinformação é grande, também, entre as autoridades governamentais, profissionais de saúde ( que correm grande risco de se contaminarem no trabalho ), e inclusive, pela própria classe médica.

Portanto é fundamental e urgente que as autoridades e a mídia de um modo geral, principalmente os veículos de comunicação de massa, divulguem corretamente a Hepatite C. Só um teste específico é capaz de diagnosticar o individuo contaminado, e todos aqueles que possam ter tido contato com o vírus mediante situação de risco conforme apontado acima, devem ser testados o quanto antes.

Valeu galera
Até a próxima!

1 comentários:

Sua visita é sempre bem-vinda! Obrigado :-)